6- Levítico, Números e Deuteronômio

Levítico, Números e Deuteronômio

Os três últimos livros do Pentateuco trazem instruções sobre o culto judaico e detalhes sobre a maneira correta de adorar e servir a Deus no mundo.

Levítico

É o livro dos levitas, os descendentes de Levi (um dos doze filhos de Jacó). Esse livro contém orientações sobre as ofertas e sacrifícios e acerca da consagração dos sacerdotes. Traz também normas relacionadas a pureza cerimonial dos dias sagrados e vários outros ditames concernentes à santificação.

No capítulo 16, estão as instruções sobre o Yom Kippur (o dia da expiação), que é a data mais solene do calendário judaico. Equivale à sexta-feira santa dos cristãos e é celebrado em setembro ou outubro, dez dias depois do Rosh Hashanah, o ano novo judeu. Durante o Yom Kippur, os israelitas confessam seus pecados, tanto os "conhecidos" como os "desconhecidos", para reconciliar-se com Deus.

Nesse livro, está o célebre mandamento: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Lv 19.18), que Jesus afirmou ser o segundo mais importante (Mc 12.31).

Números

Focaliza a organização ("Enumeração") das doze tribos e da missão dos espias que passaram quarenta dias inspecionando a terra prometida, de modo a reunir informações para o planejamento da conquista.

Os israelitas temeram os cananeus e se recusaram a pelejar contra eles para tomar a terra que Deus havia prometido a Abrão. O Senhor, então, se irou e os castigou. Foram condenados a passar quarenta anos vagando pelo deserto, um ano para cada dia em que os espias percorreram Canaã.

Neste livro, encontra-se a famosa bênção de Arão: "O Senhor te abençoes e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz" (Nm 6.24-26).

Deuteronômio

Também chamado de a "segunda Lei" ou a "repetição da Lei". Consiste em um segundo relato da aliança de Deus com seu povo. Foi escrito porque a maioria dos que estavam presentes quando o estabelecimento da aliança já havia morrido no deserto.

No capítulo 6, encontramos o Shema (termo hebraico que significa "escute" ou "preste atenção"), a confissão dos israelitas de sua fé em um Deus único. O texto diz: "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força" (Dt 6.4:5). Jesus afirmou ser esse o maior de todos os mandamentos (Mc 12.28-30).

O Mestre baseou-se em Deuteronômio para responder ao diabo, quando foi tentando no deserto, e disse que "não só de pão viverá o homem" (Dt 8.3), que devemos adorar somente a Deus (Dt 6.13) e que não devemos "tentar" o Senhor (Dt 6.16).